Apr 18, 2013

(Portuguese) A economia de uma região não existe como valor instantâneo no tempo.

A economia de uma região não existe como valor instantâneo no tempo. É uma medida das perspectivas futuras em termos de facilidade de habitar uma região. Como tal, o valor de uma economia pode ser facilmente acompanhado pela perspectiva que as populações têm da facilidade de vida numa dada região. Quando um indivíduo médio perspectiva que pode fazer família e sustentar 4 ou 5 filhos, diz-se que a economia é boa. Quando um indivíduo médio perspectiva que tem dificuldades em sustentar-se apenas a si mesmo, diz-se que a economia é má. Como tal, o estado de uma economia, para o bem ou para o mal, pode ser determinado pelo crescimento populacional. De forma simplificada, um indivíduo atinge a maturidade, a auto-sustentabilidade, e pode ter ou não, capacidade para assumir o sustento de outros (filhos, esposa e pais, etc), aumentando a população.
Apresentando agora o crescimento da população em Portugal em milhões de habitantes.

Pode-se ver que a população cresceu a um ritmo constante até uma pequena queda em 1840, altura da guerra civil. Depois continua com o mesmo crescimento anterior até 1860, altura em que o crescimento populacional se acentua com os primeiros efeitos da revolução industrial em Portugal. No entanto a monarquia, temendo a mudança, continua com medo de implementar os avanços tecnológicos em larga escala.
Este medo do progresso incentiva os revolucionários. Em 1910 o Rei é morto, segue-se um regime de instabilidade, seguido de uma ditadura militar. Depois da ditadura, há um período de estabilidade em que as medidas progressistas são instauradas, instalando máquinas e caminhos de ferro em larga escala, diminuindo a necessidade dos trabalhadores manuais e de transportes por animal. Isto devasta a economia rural, impossibilitando o crescimento populacional e incentiva a imigração em massa.
Depois do período de estagnação económica, entra então a economia do petróleo e o crescimento populacional aumenta seguindo o aumento da densidade energética disponível para a produção de alimentos que provém dum combustível energéticamente denso como é o petróleo. É nesta altura que aparecem todos os derivados agrícolas do petróleo, como pesticidas, fertilizantes e antibióticos, e dos mesmos uma garantia de alimentos baratos.
Início da década de 1960: É nesta altura que os poderes estrangeiros em guerra fria, temendo a iminente apropriação social portuguesa do petróleo das colónias por parte do regime português, ou pior, que outro poder que não o seu, se apropriasse desse petróleo, armam forças armadas nas colónias portuguesas, e incentivam as populações locais a movimentos indepentistas. Dão-se as guerras coloniais.
Dá-se o 25 de Abril. O governo português declara o fim da luta pelas colónias. Os militares e 1 milhão de imigrantes vêm-se forçados a regressar a Portugal. Muitos não ficam, mas muitos ficam, e são obrigados a criar condições para sua subsistência, aumentando o volume económico e populacional, mas iniciando-se um natural período de recessão económica e populacional.
Segue-se a entrada de Portugal na união europeia. Há entrada artificial de capital sem a nova geração sentir a pressão directa da necessidade de criar volume económico. A população sente que a economia é favorável, e aumenta assim o número de habitantes. Quando deixa de entrar capital, a pressão é sentida, e a população passa a sentir a sua situação real, problemática. Segue-se a tracejado a perspectiva futura, caso a situação não mude.